O aumento da tarifa de água foi autorizado pela Agência Reguladora do Serviço de Água e Esgoto do Município (Amae) para este mês. Nesse contexto, Paragominas se destaca nacionalmente não só por seguir com uma das tarifas mais baixas do país, mas por ofertar um dos melhores serviços de abastecimento de água. Agora, a Prefeitura de Paragominas conseguiu, junto ao Ministério das Cidades, o financiamento de projeto, orçado em mais de R$ 30 milhões, para ampliar o sistema de abastecimento de água do município. O projeto prevê água tratada e de qualidade para toda a população e vai contemplar mais de oito mil famílias até o final de 2016.
A assinatura do convênio entre a Prefeitura do município, Caixa Econômica Federal e Ministério das Cidades ocorrerá, no dia 22 de janeiro, durante a programação de aniversário de Paragominas. O projeto consiste em uma série de obras que inclui a implantação de redes de abastecimento e adutoras e a construção de mais quatro grandes reservatórios, além das duas estações de tratamento de água, na zona urbana do município, e uma no bairro Nagibão, no km 15.
Há quase 10 anos, apenas 30% da população tinha acesso à água tratada. Grande parte da comunidade precisava recorrer a outras alternativas (como os poços artesianos) para obter água, nem sempre apropriada para o consumo. Diante desse cenário, a Prefeitura decidiu municipalizar a prestação dos serviços de água e esgoto e criou a Agência de Saneamento de Paragominas (Sanepar). Segundo o superintendente da Sanepar, Herenildo Maciel, sete anos após a gestão da prefeitura, 85% da população já conta com acesso ao serviço.
O valor da tarifa cobrada por Paragominas segue as regras determinadas pela Lei Federal de Saneamento Básico 11.445/2007, mas a diferença entre as demais companhias é que enquanto estas ofertam 10 mil litros pelo valor da tarifa mínima, o município oferta 15 mil litros, o que permite que a maioria das pessoas não precise ultrapassar seu consumo para tarifas de valores mais caros.
O superintendente da Sanepar também explica que, com custos baixos, a autarquia municipal consegue custear a operação, manutenção e ampliação do sistema e cumprir com a regularidade dos serviços. “O objetivo da Prefeitura é promover um ciclo virtuoso entre a distribuidora e os consumidores que pagam em dia e garantem, dessa forma, um baixo percentual de inadimplência, 8%”, pontua Herenildo.
O bom serviço de saneamento e distribuição de água refletiu também na saúde da população. Dados da Secretaria de Saúde demonstram que houve expressiva redução nos índices de doenças causadas pela água sem tratamento. Em 2008, um ano antes do início do sistema autônomo de abastecimento, foram registrados 1.340 casos de doenças diarreicas. Enquanto que, em 2015, apenas 464 ocorrências foram contabilizadas.