O cooperativismo é o modelo responsável pela tendência de expansão do setor elétrico, alavancando a oferta de geração de energia distribuída organizacional e financeiramente. Esta é a opinião de quem compôs a Diretoria do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) por 18 anos e, hoje, é um grande defensor dos ideais cooperativistas. João Batista está em visita ao Estado para conhecer a Cooperativa Brasileira de Energia Renovável (COOBER), a primeira a ser constituída no Brasil. Ontem, ele visitou a sede do Sistema OCB/PA e nesta terça (07) está em Paragominas. O objetivo é estudar o modelo paraense e adaptá-lo para a realidade do Rio de Janeiro, criando outras singulares de produção, de assessoria para formação de plantas fotovoltaicas e de assistência técnica.
João é pernambucano radicado no Rio de Janeiro. Sua formação profissional é na área de Engenharia Elétrica, através da qual já trabalhou em 33 países com consultoria em sistemas elétricos de potências e tensões elevadas, tendo vínculo com a Universidade Federal do Estado. “Depois de aposentado, pensei com dois companheiros de muitos anos e decidimos nos dedicar à assessoria. Analisando a própria legislação, a formação desse tipo de negócio obriga a sermos cooperativados. Chegamos à OCB no Rio para conhecer o que é cooperativismo e os melhores cases de sucesso. Conheci o que é feito no Pará, especialmente a COOBER, e decide me associar aos melhores”.
Inicialmente, a proposta do grupo era formar uma cooperativa para prestar assessoria na formação de plantas fotovoltaicas e eficiência energética, assim como prospectar clientes interessados em implantar cooperativas de produção da energia para atender uma grande demanda, como a condomínios e shoppings. Ao conhecer o pioneirismo da COOBER de perto, o grupo percebeu a possibilidade de fazer a próprio singular, oferecendo cotas no mesmo modelo de Paragominas.
“Vi que é possível e muito interessante fazer. Nada melhor do que dar o exemplo. É por isto que estou no Pará durante estes dois dias para estreitar e alongar esse relacionamento. Tenho muito a aprender com vocês. Acredito no cooperativismo, na solidariedade humana e nesta forma de empreendedorismo que não deixa ninguém para trás. Estou com a expectativa muito grande, na esperança de em breve celebrarmos o aumento das possibilidades de sobrevivência do nosso planeta pela difusão da cooperação sustentável”, completa João.