Curso de panificação pode ser a porta para um novo negócio

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Com sorriso largo no rosto, Edinaldo Silva conta que “quer muito ser dono do próprio negócio”. Ele, que acabou de participar de um curso de panificação, realizado pela Prefeitura de Paragominas, diz que tem muita vontade de melhorar de vida e ser seu próprio patrão. “Eu quero mandar em mim”, brinca Edinaldo.

Ao contrário do perfil de pessoas que participam desse tipo de qualificação, Edinaldo é empregado e tem a carteira de trabalho assinada, mesmo assim, pensa em abrir um pequeno negócio e, quem sabe, dar melhores condições para a esposa e filhos que ainda pretende ter. Edinaldo diz que nem sabia cozinhar e que soube da capacitação por acaso, mas não pensou duas vezes e se inscreveu. “E não me arrependi. Mal sabia fazer um arroz, mas agora sei fazer uma porção de coisas, mas o pão é a especialidade da casa”, descontrai.

Essa é a segunda turma do curso de panificação promovido pela Prefeitura de Paragominas, por meio da Secretaria de Assistência Social, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e SEBRAE. Contou com a participação de 20 pessoas, sendo 5 homens e 15 mulheres.

Edinaldo, como milhares de brasileiros, procuram, neste momento de crise, uma chance de usar a criatividade em prol da geração de renda. E esse é um dos objetivos da realização de cursos dessa natureza. É o que explica a Secretária de Assistência Social, Tânia Cardoso. “Sempre realizamos um levantamento das necessidades da comunidade e é por isso que escolhemos cursos mais práticos, que despertem a criatividade e estimulem o empreendedorismo para que essas famílias possam obter renda e ter sua emancipação financeira”, informa a Secretária.

Dona Elionte Souza também participou do curso de panificação e está toda empolgada para colocar em prática tudo o que aprendeu. Ela diz que vê nesta formação, a oportunidade de ajudar na renda familiar, já que está sem trabalho formal há 8 anos. Embora não tenha a carteira assinada, Dona Nete, como também é conhecida, diz que prefere trabalhar para “ela mesma”. Já participou de outro curso, de confecções de tapetes e diz que dá para “tirar uma boa renda” disso. “Ajudo meu companheiro e espero poder participar de mais cursos para também poder dar uma vida melhor para a minha filha, que hoje tem 8 anos”, finaliza.

Outro objetivo dessas capacitações é despertar o empreendedorismo na comunidade e estimular a formalização. E é aí onde o Sebrae entra. Segundo o Portal do Empreendedor, o Brasil já ultrapassou a marca de 5 milhões de Microempreendedores Individuais. O MEI é um programa de formalização e inclusão produtiva e previdenciária que atende a pequenos empreendedores de forma simplificada, descomplicada e com redução de carga tributária.

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