Depois de rosa, azul, agora é a vez do vermelho!

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As cores têm prevalecido nas campanhas de saúde mundo a fora. Em dezembro, é a vez do vermelho, que vem falar sobre a prevenção do vírus HIV e a Doença AIDS e das demais Infecções Sexualmente Transmissíveis – (ISTs). Em Paragominas, a programação começa no primeiro dia do mês, a partir das 7h30, com o “Dia D” em todas as unidades de saúde espalhadas nos bairros da cidade. Os postos da Cidade Nova, Jaderlândia e Nagibão terão programações em outros dias.

Segundo o Coordenador de Vigilância em Saúde e Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, Marcondes Mateus, explica que grande parte dos casos de HIV e ISTs na cidade estão com maior incidência na faixa etária de 25 a 34 anos de idade com um percentual de 41% dos casos positivos, o Dia D vai acontecer em todas as unidades de saúde, mas algumas terão atenção especial, como são os casos dos bairros acima citados. “Com isso, poderemos atender mais pacientes e melhor a nossa população, concentrando as atividades”, explica.

No dia 5 de dezembro, o “Dia D” será realizado na unidade de saúde do bairro Cidade Nova. Já no dia 6 de dezembro, é a vez da unidade de saúde do bairro Nova Conquista (loteamento Jaderlândia), no dia 7 de dezembro, é a vez do posto de saúde do bairro Nagibão receber o Dia D.

“Lembrando que vamos realizar o Dia D em todos os postos e que estes citados, serão de forma mais pontual. Em todos, vamos disponibilizar atendimento exclusivo para o público geral da campanha, consulta médica, teste rápido de HIV, aferição de P.A, glicemia, PCCU, vacinação, peso e altura, atendimento odontológico, palestras e rodas de conversa e momento cultural”, informa o Coordenador.

O que falta para os números de AIDS e ISTs diminuam? 

Para Carlos Araújo, técnico em enfermagem e que trabalha no Hospital Municipal de Paragominas, é aumentar a sensibilização da população acerca da importância de se prevenir. “A gente percebe que não é falta de informação, mas de preocupação mesmo”, opina.

A enfermeira Gislaine Machado, concorda com o colega e ainda afirma que aquela sensação de que nunca vai acontecer com a gente também reforça o descuido. “Quando acho que não vai acontecer comigo, relaxo e não previno”, afirma.

Quem confirma as afirmações dos dois profissionais da saúde é a Unaids (Programa da Organização Mundial da Saúde sobre a Aids). Para a Unaids, os brasileiros que viram a epidemia avançar não estão se prevenindo como deveriam; ressalte-se que os jovens compõem o grupo em que se evidencia crescimento mais expressivo no número de novos casos da infecção. Coincidentemente, é o grupo no qual se constata também alarmante aumento no número de casos de sífilis, gonorreia e outras doenças sexualmente transmissíveis.

Os dados da Unaids mostram que em 2010 cerca de 43 mil novos casos de Aids haviam sido registrados no Brasil. Já em 2015, esse número subira para 44 mil. O país responde por mais de 40% das novas infecções por aids na América Latina, segundo a pesquisa. O estudo revela ainda que aumentou o número de pessoas que vivem com aids no Brasil. Entre 2010 e 2015, essa população saltou de 700 000 para 830 000 pessoas. O aumento foi de 18%. Hoje, a doença é a causa de 15 000 mortes por ano no país.

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