Plano de mobilidade urbana e o futuro de Paragominas

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Como você planeja sua vida? É difícil pensá-la a longo prazo? E como o gestor deve pensar a sua cidade? Por um mandato? Bom, aqui em Paragominas, os últimos 20 anos foram de desenvolvimento e mudanças no ordenamento urbano e a Prefeitura sabe que precisa promover melhorias constantemente e é por isso que nesta quarta-feira, dia 5, a partir das 14h, no auditório Inocêncio Oliveira, será apresentado e discutido o Plano de Mobilidade Urbana, que pretende promover tais discussões acerca de políticas de mobilidade sustentável e acessibilidade universal no município.

Como todo planejamento, as ideias não começaram agora. Desde o ano passado, a Prefeitura encaminhou ao Ministério das Cidades, o Plano de Mobilidade Urbana, que possui vários itens positivos para o melhoramento urbano do município. Entre eles, a construção de ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas e também promover a acessibilidade como um todo, como por exemplo; tornar as calçadas acessíveis, criar mais vagas de estacionamento para cadeirantes e idosos, construção de pontos de ônibus com boa estrutura para população, entre vários outros.

Janusa Lopes é engenheira civil e trabalha na Secretaria de Infraestrutura de Paragominas, órgão que está à frente do Plano de Mobilidade, ela explica que há muito a fazer, e que o processo agora é conseguir investimento através do Ministério das Cidades para iniciar as obras o quanto antes. “Após a aprovação do plano, ele se transformará em lei municipal e com isso, começaremos a implantar os itens que constam no documento. Hoje já conseguimos colocar algumas placas pela cidade, já estamos orientando na construção de calçadas e alguns prédios públicos que passam por reforma já estão se adequando a acessibilidade”, explica a engenheira.

O Plano de Mobilidade vem para corrigir alguns erros cometidos ao longo dos anos, como a escassez de rampas para deficientes físicos. Quem reitera isso é Davi Filho, presidente do Conselho de Direito da Pessoa com Deficiência de Paragominas. “Um deficiente tem dificuldade em se locomover pela cidade, o ideal seriam rampas de acessibilidade com sinalização, ampliação de reservas de vagas de estacionamento em bancos, lojas, área de lazer e eventos na cidade, e uma fiscalização mais efetiva no trânsito coibindo os condutores de estacionarem irregularmente”, afirma Davi. Ele sabe que não basta somente o poder público fazer a parte dele. A população precisa contribuir. “Precisamos também que a população seja consciente, pois quando tem as rampas e vagas destinadas para as pessoas com deficiência, os motoristas não respeitam e isso tem nos tirado tal direito de ir e vir”, enfatiza o Presidente.

Hoje, o município conta com 290 pontos de ônibus para atender uma frota de 12 ônibus urbanos. Só na área das faculdades, na PA-256, cerca de 800 passageiros usam o transporte coletivo. Nesta área há necessidade de uma melhor infraestrutura nos pontos de ônibus e sinalização. “Este será um plano que irá beneficiar e muito a cidade, pois vai melhorar o fluxo de transportes no horário de pico, dar mais conforto aos usuários, pois os ônibus têm, por exemplo, dificuldade em parar no local certo para apanhar passageiros, já que falta sinalização indicando o ponto de ônibus, muitos carros e motos ficam estacionados e o passageiro precisa se locomover para o meio da rua para entrar no coletivo”, explica Thiago Caliman diretor operacional da empresa de Transportes Caliman, que hoje tem a concessão de transporte urbano. Ele está colaborando desde o início, com o Plano de Mobilidade Urbana, ajudando a melhorar a locomoção urbana na cidade.

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