Toda bailarina pela vida vai levar sua doce sina de dançar, dançar, dançar”. Assim como a letra da música, Maria Eduarda Dalmaso Martins diz que vai levar a dança “pra vida”, mesmo se um dia essa não for a sua profissão. “Vou sempre dançar”, ela diz. Maria Eduarda foi uma das meninas de Paragominas a participar da 23ª Edição do FIDA – Festival Internacional de Dança da Amazônia, realizado em Belém, de 19 a 23 de outubro, em um dos teatros mais importantes do país: O Theatro da Paz.
Quem está toda feliz é a professora e coreógrafa da Escola Municipal de Dança, Kátia Ramos. Ela, que trabalha há 16 anos dando aula de dança em Paragominas, sente-se orgulhosa em ver a coreografia e alunos da cidade brilhando nos palcos do Estado e do Brasil. Kátia fala que é a primeira vez que a Escola de Dança participa do FIDA. “Temos um grande celeiro de talentos aqui no município. Este ano fizemos um esforço para estar no Festival e valeu a pena ver a coreografia e os alunos serem avaliados por um júri de tão alto nível. Gratificante ainda foi ter a certeza de que somos referência dentro do Estado”, conta Ramos. “A gente aprende muito nesses festivais. É bom ver que o nível da dança nas cidades do interior do Estado está muito avançado, muitas vezes mais do que da própria capital”, revela.
A Companhia Yucatã também marcou presença no FIDA, com as apresentações “Apocalipse Yanomami” e “Viagem ao Mundo Místico dos Caruanas”, ambas coreografias do Professor Nilton Vitter. Ele conta que é a segunda vez que a Companhia participa do Festival. Ano passado, o grupo conquistou o 1º lugar na mostra competitiva “Prêmio Valores da Terra”. Este ano, o grupo ficou em 3º lugar. “Os festivais são grandes vitrines para os nossos dançarinos, momento onde podemos mostrar todo o nosso talento, a nossa técnica e que Paragominas é um grande celeiro de artistas”, orgulha-se. “É tanto que fomos convidados a nos apresentarmos em Soure e ainda este mês, vamos gravar um comercial no Portal da Amazônia”, comemora. Para ele, o apoio da Prefeitura de Paragominas é fundamental. “Os que acreditam na cultura de Paragominas apoiam a gente e a Prefeitura é um desses parceiros”, afirma.
Para o Prefeito Paulo Tocantins, investir em cultura é saber que haverá um retorno garantido. “Em Paragominas, os investimentos em cultura vão além dos eventos ou ocasiões festivas. Eles estão nos projetos sociais, quando oferecemos aulas de dança, por exemplo. Quando nossas crianças tem um Espaço Cultural, que está mais para ‘celeiro de talentos’, uma vez que conseguimos não apenas revelar dançarinos ou músicos, mas formá-los. Nossos projetos culturais não são recreações. São oportunidades para aqueles jovens que querem seguir a carreira e lutar por um lugar neste mercado”, afirma Tocantins.
Ao todo foram 13 dançarinos que participaram das apresentações do FIDA. Paragominas levou seis coreografias, quatro delas pela Escola Municipal de Dança: Bonecas Forrozeiras, Biscoitos Andarilhos, Diva e Manequim. E duas, pelo Grupo Yucatã, “Apocalipse Yanomami” e “Viagem ao Mundo Místico dos Caruanas”.
As coreografias Manequim, por Diogo Rocha e Diva, por Ingrid Binaiara, conquistaram o 1º e 2º lugares, na categoria “Danças Urbanas” solo adulto e, Biscoitos Andarilhos, o 3º lugar na categoria contemporânea conjunto infanto-juvenil.