Febre amarela: agora é a hora de tirar as dúvidas

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Quais os sintomas? O macaco transmite a doença? Quem pode se vacinar?

Sabe aquele mosquito preto de pintas brancas que anda aterrorizando todo mundo, transmitindo dengue, zika e chikungunya? Pois é! Ele também é o vetor da febre amarela. Uma doença que antes era tida como rural ou silvestre, agora está presente nos grandes centros urbanos. Quatro doenças com uma única forma de contagio: picada do Aedes aegypti.

É por isso que vamos esclarecer as principais dúvidas acerca desta doença especificamente, já que é novidade o surto dela em algumas partes do país, como Minas Gerais e São Paulo. Contudo, é importante ressaltar que Paragominas ainda não registrou nenhum caso da doença e que as vacinas estão disponíveis em todos os postos de saúde, com dias e horários específicos. Vamos lá!

A febre amarela tem esse nome porque, em sua forma mais grave, o paciente pode sofrer insuficiências hepática e renal, icterícia, que é o que deixa pele e olhos amarelados, manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. Mas, calma! Essa é a forma mais severa da doença. Normalmente, quem contrai o vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são fracos. Os primeiros indícios que a pessoa está infectada são muito repentinos: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vomito por até três dias. Segundo o Ministério da Saúde, a maioria dos infectados se recupera bem e uma vez infectados, nunca mais a pessoa adquire a doença.

Vale ressaltar que o vírus da febre amarela não é transmitido de pessoa para pessoa, nem de primatas não humanos (macaco), apenas pela picada de mosquitos infectados. “Não corremos o risco de contrair a doença pelo macaco, só se o mesmo vetor picar o macaco e picar uma pessoa. É por isso que estamos orientando que, se for encontrado na cidade alguma espécie de macaco morta, informar imediatamente a Secretaria de Saúde para tomarmos as medidas necessárias.”, informa Marcondes Barbosa, Coordenador de Vigilância em Saúde/Epidemiologia.

Como afirmado acima, não foi registrado nenhum caso da doença em Paragominas, nem na zona urbana e nem na rural. Mas, como há um surto em alguns estados, uma medida de prevenção e controle já foi acionada pela Secretaria Municipal de Saúde, através da Vigilância em Saúde, com isso os postos de saúde de Paragominas já estão abastecidos com as doses da vacina. “Não há motivo para pânico, e não se trata de vacinação em massa (campanha), apenas iremos intensificar a vacinação para normalizar a situação vacinal de todas as pessoas que moram aqui, e assim garantir que todos estejam imunes à doença”, explica Marcondes Barbosa.

Todos devem estar atentos para localizar os cartões de vacinação, pois a equipe de saúde precisa constatar se existe ou não a indicação da vacina dentro das normas do Programa Nacional de Imunização. As crianças, aos 9 meses, devem iniciar a imunização contra febre amarela, mais tarde aos 4 anos é preciso reforçar a vacina com outra dose, para os adultos duas doses ao longo da vida garantem a prevenção.

Alguns casos específicos merecem atenção:

As pessoas com mais de 60 anos que nunca foram vacinadas devem receber uma dose somente com orientação médica. Para quem já possui a primeira dose é só aplicar uma dose imediata, sem precisar aguardar o prazo de 10 anos da última dose, respeitando apenas o tempo de 30 dias entre as doses.

No caso das gestantes, deve ser avaliado com o médico para saber se é indicado. Para o grupo de mulheres lactantes, se estiverem amamentando crianças menores de 06 meses de vida, a vacina deve ser evitada e fazer apenas após o período.

Fique atento para as contraindicações da vacina:

– Crianças menores de 6 meses de idade;

– Pacientes com imunodepressão de qualquer natureza;

– Pacientes infectados pelo HIV com imunossupressão grave, com a contagem de células CD4 < 200 células /mm3 ou menor de 15% do total de linfócitos para crianças menores de 6 anos;

– Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteróides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores);

– Pacientes submetidos a transplante de órgãos;

– Pacientes com imunodeficiência primária;

– Pacientes com neoplasia;

– Indivíduos com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou a outras);

– Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia grave, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica).

A vacina está disponível terça, quarta e quinta-feira nas unidades da Estratégia Saúde da Família, para mais informações entre em contato com a Secretaria de Saúde através do telefone (91) 3729-3907 ou email: epidemiologiapgm@gmail.com.

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