A prefeitura de Paragominas, através da Secretaria de Meio Ambiente, e o Sindicato do Setor Florestal de Paragominas – Sindserpa estiveram reunidos para debater sobre a questão da exploração e industrialização de madeiras.
A partir de 15 de março, todos os pátios de madeireiras do município serão fiscalizados em cumprimento ao período de “embargo da exploração”.
“Será feita a conferência no pátio das serrarias e as madeiras que não tiverem ‘cobertura’ serão apreendidas e a serraria multada”. Nesses três meses será o período para que as empresas busquem adequar seus projetos de manejo florestal. Caso não tomem tais medidas as serrarias ilegais serão fechadas, lacradas e embargadas.” Explica o secretário municipal do Meio Ambiente Felipe Zagalo.
Sobre a fiscalização do transporte de madeira ilegal, será intensificado e não será tolerado em hipótese alguma, pois além de estarem transportando mercadoria ilegal, estão danificando cada vez mais as estradas e destruindo florestas.
10 anos de Município Verde
Nos anos de 2008 e 2009, Paragominas sofreu com uma intervenção federal pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, Força Nacional e Polícia Federal onde fecharam serrarias, carvoarias, embargaram várias propriedades rurais e multaram uma série de produtores e empresários, que até foram presos na época.
Ainda em 2008, a Prefeitura de Paragominas, em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais, ONGs IMAZON e TNC, entidades civis e sociedade, firmou um Pacto pelo Desmatamento Zero e, posteriormente, nascia o Projeto Paragominas Município Verde.
A partir dessas iniciativas, vieram outras importantes conquistas para o município, como a gestão ambiental autônoma, que conferiu à Secretaria Municipal do Verde é Meio Ambiente autonomia para conceder licenças e projetos de manejo, fiscalizar atividades altamente poluentes, por exemplo.
Lembrando que Paragominas foi o primeiro Município da Amazônia a sair da lista do embargo do MMA, com desmatamento monitorado por satélite e adesão ao Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Com isso é possível que o poder público possa fiscalizar, cruzar as imagens dos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) com o mapeamento rural, este processo permite saber exatamente onde está ocorrendo um foco de desmatamento ou queimada e quem é o responsável por aquele espaço.
Com essas ações, o município obteve crescimento econômico e hoje tornou-se referência mundial como um Município que se preocupa com suas florestas.
O prefeito Paulo Tocantins, entende que o município precisa manter seus índices de desmatamento controlados e não relaxa às ações de comando e controle. “Somos reconhecidos pela excelência na gestão municipal e é assim que continuaremos. Investindo em novas ferramentas de monitoramento e, mais ainda, manter (como sempre mantivemos) o diálogo com o setor produtivo e madeireiro para que saibam que somos parceiros no desenvolvimento da nossa cidade”, finalizou.